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O Ritual do Traço: A Metafísica do Cotidiano Por Marcelo Maria de Castro
Eu, Marcelo Maria de Castro, convido-te a parar o relógio e a silenciar o ruído do mundo para descobrires que o desenho não é um dom reservado a poucos, mas um ato de coragem e contemplação acessível a qualquer um que se permita ver de verdade. Para começarmos esta jornada de desenho contemplativo, quero que prepares agora um café quente ou um chá; o aroma será o teu convite e a temperatura da bebida será o teu cronômetro, pois a experiência do desenho durará exatamente o tempo que levares para beber o conteúdo da tua xícara, sem pressa, gole a gole, traço a traço. Com o teu lápis grafite HB na mão, vamos tecer uma crítica à própria realidade do papel: buscaremos uma metafísica onde o desenho questiona a sua existência ao representar-se a si mesmo. Organiza a tua folha dividindo-a mentalmente em duas realidades. Na metade superior, compõe a tua natureza morta — a garrafa de água, o copo e a tua xícara — distribuindo-os com harmonia e equilíbrio, deixando que dialoguem entre si pelo espaço vazio que os separa. Na metade inferior, farás o movimento mais audacioso: desenharás a própria folha de papel em perspectiva, com o lápis repousado sobre ela, como se tu fosses um observador externo olhando para o teu próprio processo criativo, um desenho dentro do desenho, provando que a arte é um espelho infinito. Não te preocupes com o realismo fotográfico, foca-te apenas no que Betty Edwards nos ensinou para despertar o lado direito do cérebro. Pensa apenas nos três pilares da forma: sente o peso da linha, variando a pressão do grafite para criar profundidade; observa atentamente o ângulo da linha comparando as verticais e horizontais dos objetos; e mede o comprimento da linha, relacionando o tamanho da garrafa com o copo. Esquece os nomes "garrafa" ou "copo", vê apenas arestas, sombras e relações. Respira fundo, prova o teu café e deixa a mão fluir. Boa sorte nesta descoberta. Dicas Adicionais para a tua Prática Para te ajudar a visualizar o processo descrito acima, aqui estão alguns pontos de apoio baseados na imagem que enviaste e na teoria do desenho:
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O Ritual do Traço: A Metafísica do Cotidiano Por Marcelo Maria de Castro
Poema e colagem
escrever um poema visual e fazer uma colagem ! A flor amarela anima o dia em cima de uma mesa azul no aquario a água cai e no chão tapete vermelho ! Augusto Zanni e Marcelo Maria de Castro
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Poema e colagem
Matisse em tesouras
A reinvenção de Matisse através da decoupage e a profundidade histórica do Azul Ultramarino.
Desenhando natureza morta
Quando o papel se estende e o lápis repousa, há um chamado primal. Não se trata apenas de traçar linhas, mas de dialogar com a essência efémera da existência – e o crânio é o nosso mestre silencioso nesse balé. Deixe que a sua mão seja guiada por algo mais do que a anatomia. Pense na caveira não como um símbolo mórbido, mas como a moldura final da história. Cada cavidade ocular que você desenha é um abismo que já conteve um universo de visões e sonhos. Cada fissura na estrutura óssea é uma página de uma biografia intensa, silenciada, mas eternamente presente na sua forma. Desenhar o crânio é um ato de meditação artística. É enfrentar a impermanência e transformá-la em beleza sólida, em contorno firme. A curva da testa, a precisão das órbitas, o sorriso irónico da mandíbula – tudo exige a sua atenção e respeito. Não tenha medo da sombra. É a escuridão que confere profundidade, que revela a forma tridimensional da vida que se foi. Use o chiaroscuro para dar vida ao que está além da vida, para que a sua caveira não seja apenas osso, mas um volume de silêncio e poder. Que cada traço seja um murmúrio sobre o memento mori, não para nos entristecer, mas para nos incendiar com a urgência de viver e criar AGORA. A sua arte é a faísca que acende a história que o crânio já não pode contar. Pegue no seu lápis e comece. Liberte a beleza nua e crua da forma final. Que a sua caveira seja um testemunho da coragem de olhar para o fim e encontrar lá o seu começo criativo.
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Desenhando natureza morta
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Desenho Contemplativo
skool.com/desenho-contemplativo-3082
Desenhar é presença: meditar com os olhos abertos, escutar o mundo e criar com atenção plena. Respirar, observar, desenhar. MMC INFINITO.
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